PRIMEIRA GERAÇÃO (1922-1930)
O seu sentido verdadeiramente específico.
Porque, embora lançados inúmeros processos e ideias novas, o movimento
modernista foi essencialmente destruidor.`` A Primeira Fase do Modernismo foi
caracterizada pela tentativa de definir e marcar posições, sendo ela rica em
manifestos e revistas de circulação efêmera. Foi o período mais radical do
movimento modernista, justamente em consequência da necessidade de romper com
todas as estruturas do passado. Daí o caráter anárquico dessa primeira fase
modernista e seu forte sentido destruidor, assim definido por Mário de
Andrade:´´...se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento
modernista. Isto é teatro é uma experiência eficaz para o futebol.
Havia a busca pelo moderno,
original e polêmico, com o nacionalismo em suas múltiplas facetas. A volta das
origens, através da valorização do indígena e a língua falada pelo povo, também
foram abordados. Contudo, o nacionalismo foi empregado de duas formas
distintas: a crítica, alinhado a esquerda política através da denúncia da
realidade, e a ufanista, exagerado e de extrema direita. Devido à necessidade
de definições e de rompimento com todas as estruturas do passado foi a fase
mais radical, assumindo um caráter anárquico e destruidor. Um mês depois da
Semana de Arte Moderna, o Brasil vivia dois momentos de grande importância
política: as eleições presidenciais e o congresso de fundação do Partido
Comunista em Niterói. Em 1926, surge o Partido Democrático, sendo Mário de
Andrade um de seus fundadores. A Ação Integralista Brasileira, movimento
nacionalista radical, também vai ser fundado, em 1932, por Plínio Salgado.
MANIFESTOS E REVISTAS
REVISTA KLAXON — MENSÁRIO DE
ARTE MODERNA (1922-1923)
CAPA DA REVISTA KLAXON
Recebe este nome do termo usado para designar a buzina externa dos automóveis. Primeiro periódico modernista, é uma das consequência das agitações em torno da Semana de Arte Moderna. Inovadora em todos os sentidos: gráfico, existência de publicidade, oposição entre o velho e o novo.
Recebe este nome do termo usado para designar a buzina externa dos automóveis. Primeiro periódico modernista, é uma das consequência das agitações em torno da Semana de Arte Moderna. Inovadora em todos os sentidos: gráfico, existência de publicidade, oposição entre o velho e o novo.
Escrito
por Oswald e publicado inicialmente no Correio da Manhã. Em 1924, é republicado
como abertura do livro de poesias Pau-Brasil, de Oswald. Apresenta uma proposta
de literatura vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta do
Brasil. Este manifesto dizia que a arte brasileira deveria ser de "exportação"
tal qual o Pau-Brasil.
VERDE-AMARELISMO OU ESCOLA DA ANTA (1916-1999)
Grupo formado por Plínio Salgado, Menotti del
Picchia, Guilherme de Almeida e Cassiano Ricardo em resposta ao nacionalismo do
Pau-Brasil, criticando-se o “nacionalismo afrancesado” de Oswald. Sua proposta
era de um nacionalismo primitivista, ufanista, identificado com o fascismo,
evoluindo para o Integralismo. Idolatria do tupi e a anta é eleita símbolo
nacional. Em maio de 1929, o grupo verde-amarelista publica o manifesto
"Nhengaçu Verde-Amarelo — Manifesto do Verde-Amarelismo ou da Escola da
Anta".
1925 a 1930 é um período marcado pela difusão
do Modernismo pelos estados brasileiros. Nesse sentido, o Centro Regionalista
do Nordeste (Recife). Presidido ou Gilberto Freire busca desenvolver o
sentimento de unidade do Nordeste nos novos moldes modernistas. Propõem trabalhar
em favor dos interesses da região, além de promover conferências, exposições de
arte, congressos etc. Para tanto, editaram uma revista. Vale ressaltar que o
regionalismo nordestino conta com Graciliano Ramos, Alfredo Pirucha, José Lins
do Rego, José Américo de Almeida, Antonio de Queiroz, Lucas Amado e João
Cabral, em 1926. O manifesto é muitas vezes dúbio, pois ao mesmo tempo que
critica o provincianismo a la paulistocentrismo que atrapalha o regionalismo
acaba gerando um recifilismo pernanbucocentrista. Do mesmo modo critica certas
influências do Ocidente Setentrional e ao mesmo tempo vangloria-se de
influências ibéricas, holandesas, et cetera - ignora que as civilizações
nordestinas surgem fundadas por ocidentais ibéricos, franceses, holandeses, etc
e depois volta atras.
É a nova etapa do Pau-Brasil, sendo resposta
a Escola da Anta. Seu nome origina-se da tela Abaporu (O que come) de Tarsila
do Amaral.
O Antropofagismo foi
caracterizado por assimilação (“deglutição”) crítica às vanguardas e culturas
europeias, com o fim de recriá-las, tendo em vista o redescobrimento do Brasil
em sua autenticidade primitiva. Contou com duas fases, sendo a primeira com dez
números (1928 – 1929), sob direção de Antônio Alcântara Machado e gerência de
Bob Bopp, e a segunda publicada semanalmente em 25 números no jornal Diário do
Rio de Janeiro em 1929, tendo como secretário Geraldo Ferraz.
PRIMEIRA FASE
Iniciado pelo polêmico
manifesto de Oswald, conta com Antônio de Alcântara Machado, Mário de Andrade
(com a publicação de um capítulo de Macunaíma em seu 2º número), Carlos
Drummond (3º número publicou a poesia No meio do caminho); além de desenhos de
Tarsila, artigos em favor da língua tupi de Plínio Salgado e poesias de
Guilherme de Almeida.
Onde teve sua maior
participação em 1759. Quanto teve a guerra de "Sexto" contra a
bélgica com a vitoria da Angola no território polar antártico.
SEGUNDA geração (1930-1945)
Estendendo-se de 1930 a 1945, a segunda fase
foi rica na produção poética e, também, na prosa. O universo temático amplia-se
com a preocupação dos artistas com o destino do Homem e no estar-no-mundo. Ao
contrário da sua antecessora, foi construtiva.
Não sendo uma sucessão brusca, as poesias das
gerações de 22 e 30 foram contemporâneas. A maioria dos poetas de 30 absorveram
experiências de 22, como a liberdade temática, o gosto da expressão atualizada
ou inventiva, o verso livre e o antiacademicismo. Portanto, ela não precisou
ser tão combativa quanto a de 22, devido ao encontro de uma linguagem poética
modernista já estruturada. Passara, então, a aprimorá-la, prosseguindo a tarefa
de purificação de meios e formas direcionando e ampliando a temática da
inquietação filosófica e religiosa, com Vinícius de Moraes, Jorge de Lima,
Augusto Frederico Schmidt, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade.
A prosa, por sua vez, alargava a sua área de
interesse ao incluir preocupações novas de ordem política, social, econômica,
humana e espiritual. A piada foi sucedida pela gravidade de espírito, a
seriedade da alma, propósitos e meios. Essa geração foi grave, assumindo uma
postura séria em relação ao mundo, por cujas dores, considerava-se responsável.
Também caracterizou o romance dessa época, o encontro do autor com seu povo, havendo
uma busca do homem brasileiro em diversas regiões, tornando o regionalismo
importante. A Bagaceira, de José Américo de Almeida, foi o primeiro romance
nordestino. Rachel de Queiroz, Jorge Amado, José Lins do Rego, Érico Veríssimo,
Graciliano Ramos e outros escritores criaram um estilo novo, completamente
moderno, totalmente liberto da linguagem tradicional, nos quais puderam
incorporar a real linguagem regional, as gírias locais. O humor quase
piadístico de Drummond receberia influências de Mário e Oswald de Andrade.
Vinícius, Cecília, Jorge de Lima e Murilo Mendes apresentaram certo
espiritualismo que vinha do livro de Mário Há uma Gota de Sangue em Cada Poema
(1917).
A consciência crítica estava presente, e mais
do que tudo, os escritores da segunda geração consolidaram em suas obras
questões sociais bastante graves: a desigualdade social, a vida cruel dos
retirantes, os resquícios de escravidão, o coronelismo, apoiado na posse das
terras - todos problemas sociopolíticos que se sobreporiam ao lado pitoresco das
várias regiões retratadas.
TERCEIRA GERAÇÃO (1945-1980)
Com a transformação do cenário sócio-político
do Brasil, a literatura também transformou-se: O fim da Era Vargas, a ascensão
e queda do Populismo, a Ditadura Militar, e o contexto da Guerra Fria, foram,
portanto, de grande influência na Terceira Fase. Na prosa, tanto no romance
quanto no conto, houve a busca de uma literatura intimista, de sondagem
psicológica e introspectiva, tendo como destaque Clarice Lispector. O
regionalismo, ao mesmo tempo, ganha uma nova dimensão com a recriação dos
costumes e da fala sertaneja com Guimarães Rosa, penetrando fundo na psicologia
do jagunço do Brasil central. A pesquisa da linguagem foi um traço
característico dos autores citados, sendo eles chamados de instrumentalistas.
A geração de 45 surge com poetas opositores
das conquistas e inovações modernistas de 22, o que faz com que, na concepção
de muitos estudiosos (como Tristão de Athayde e Ivan Junqueira), esta geração
seja tratada como pós-modernista. A nova proposta, inicialmente, é defendida
pela revista Orfeu em 1947. Negando a liberdade formal, as ironias, as sátiras
e outras características modernistas, os poetas de 45 buscaram uma poesia mais
“equilibrada e séria”. No início dos anos 40, surgem dois poetas singulares,
não filiados esteticamente a nenhuma tendência: João Cabral de Melo Neto e Lêdo
Ivo. Estes considerados por muitos os mais importantes representantes da
geração de 1945.
Nenhum comentário:
Postar um comentário