José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São
Paulo, no dia 11 de janeiro de 1890 e faleceu em 1954. Era de descendência
rica, seu pai era proprietário de terras e trabalhava com imóveis e café.
Formou-se em humanidades no Colégio de São
Bento, em 1908. Um ano depois, ingressou na Faculdade de Direito do Largo São
Francisco e começou a trabalhar como redator e repórter do Diário Popular. Em
1911, fundou o semanário O Pirralho, financiado pela família.
Após o terceiro ano da faculdade, em 1912,
Oswald fez sua primeira viagem à Europa, onde conheceu Kamiá, mãe de seu
primeiro filho. Em seu retorno trouxe de lá as idéias futuristas de Marinetti,
e aplicou-as no Brasil em seus escritos.
Tornou-se colaborador do Jornal do Comércio e
de A Gazeta, ao mesmo tempo em que alugou um local para que escritores e
estudantes pudessem se encontrar, então, apaixonou-se por uma das
freqüentadoras, Daisy ou Miss Cyclone.
O primeiro volume da trilogia do romance Os
condenados foi publicado em 1922, no qual Alma, personagem principal, foi
inspirada em Miss Cyclone. Neste mesmo ano, juntamente com outros artistas e
escritores da época, promoveu a Semana de Arte Moderna, e conheceu a artista
Tarsila do Amaral, com quem casou em 1926.
As idéias vanguardistas que Oswald trouxe da
Europa já estavam intrínsecas nos romances Os condenados, nos 163 episódios de
O perfeito cozinheiro das almas deste mundo, em Serafim Ponte Grande e Memórias
sentimentais de João Miramar: misto de prosa e poesia, linguagem dinâmica,
textos curtos e semi-independentes, composições inovadoras com enquadramento
diferenciado; além das características marcantes da primeira fase do
Modernismo: nacionalismo, visão social, crítica da realidade brasileira, a
valorização do falar cotidiano, análise crítica da sociedade burguesa
capitalista. Oswald voltou à Europa com Tarsila do Amaral, onde juntos fundaram
o Movimento Antropofágico, movimento que lançou um novo modo de encarar as
artes e a cultura brasileira no final da década de 20.
No período da crise de 1929, separou-se de
Tarsila do Amaral e apaixonou-se por Pagu (Patrícia Galvão), escritora
comunista. Oswald ficou cada vez mais particularizado com a política e
filiou-se no PCB (Partido Comunista Brasileiro). O casal fundou o jornal “O
Homem do Povo” até o ano de 1945, quando rompeu com o partido. Separou-se de
Pagu, mãe de seu segundo filho; e casou-se com a poetisa Julieta Bárbara, logo
depois, casou-se novamente com Maria Antonieta D’Aikmin, com quem ficou até a
morte.
A poesia de Oswald trouxe irreverência e
renovação na linguagem literária, pois não se adequava aos modelos de
literatura da época, sua obra original era repleta de humor e ironia.
Incorporou à sua obra os neologismos, a falta de padronização, além da
linguagem coloquial, citada anteriormente.
Suas principais obras são: Poesia pau-brasil,
Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade, Memórias Sentimentais de
João Miramar, Serafim Ponte Grande, Os condenados.
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